O adulto de hoje e a criança que fomos: como a infância molda nossa vida emocional

Muitas pessoas se perguntam até que ponto o adulto de hoje ainda é a criança que foi um dia. A verdade é que a infância deixa marcas profundas em nossa forma de pensar, sentir e nos relacionar. As primeiras experiências emocionais, os vínculos de cuidado, os aprendizados e até as frustrações da infância continuam ecoando na vida adulta.

Na psicologia, essa ideia aparece de diferentes maneiras. A psicanálise fala da criança interior, que guarda desejos e necessidades emocionais nem sempre resolvidos. A análise do comportamento mostra como aprendemos padrões de ação que podem se repetir no presente. Já as neurociências comprovam que a infância molda conexões cerebrais fundamentais, mas lembram que o cérebro adulto mantém a capacidade de mudança — a chamada neuroplasticidade.

Isso significa que o adulto de hoje é fruto da criança que fomos, mas não está limitado a ela. Podemos amadurecer, ressignificar experiências e construir novos caminhos emocionais.

O processo terapêutico tem papel essencial nesse sentido, pois ajuda a integrar o passado com o presente, fortalecendo a autoestima, a liberdade emocional e a autenticidade.

Em outras palavras: somos, sim, a criança que fomos, mas também temos o poder de ser mais do que isso.

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O Dr Jorge Jose dos Santos é Psicólogo Clínico e (Neuro)Psicanalista Crp 06/181976

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